A saída
de Portugal da moeda única, começa a ser um imperativo nacional, uma
necessidade vital face ao nosso desenvolvimento económico. Tem sido e assim
continuará a ser, um factor de empobrecimento do nosso povo. Uma situação de
amordaçamento colectivo e de total paralisia face à carência impressionante de
produzir, produzir, produzir.
É bom que se tenha a noção exacta que Portugal jamais aumentará
a sua riqueza e a consequente melhoria de vida dos seus cidadãos, enquanto este
estado de coisas se mantiver. Há ordens do capital estrangeiro aos seus homens
de mão em Portugal, o P”S”, o PSD e o CDS, para impor ao povo estas medidas de
acrescida miséria.
Aos que pensam e afirmam, aqui e ali, que é preciso cuidado com
esta abordagem, devemos responder que a situação caótica que a sociedade
portuguesa vive é, apenas, derivada das exigências coloniais impostas aos
governos periclitantes da traição nacional. Portugal está a caminho de uma era
de trevas que até já teve um calhordas ministro (Economia) a anunciar o
regresso a 50 anos atrás.
Mesmo dentro do meu Partido, o PCP, há camaradas que se
questionam sobre a oportunidade desta discussão entre nós e que, adiantam, este
problema ainda não está em cima da mesa. É preciso explicar-lhes que não é
assim. É preciso explicar-lhes que são vários, já, os dirigentes do Partido que
falam desta questão central para a nossa libertação orgulhosa enquanto país
soberano. É preciso explicar-lhes que há alternativas ao logro da moeda única e
quais são.
Esta armadilha estrangeira de aprisionamento colectivo teve o
seu “capitão da finança” na mão traidora de Mário Soares, como todos nos
recordamos do espectáculo a que assistimos, basbaques e inconscientes (o povo
enganado) naquela sumptuosidade sabuja de entregar as nossas riquezas nas mãos
do estrangeiro invasor, levada cabo na magnificência dos Jerónimos. Ironia
levada às raias da demência colaboracionista pela escolha do local mais
emblemático da nossa grandeza como país liderante de um processo político
grandioso, em contrapartida com a rendição destes governantes que para
satisfazer as suas fortunas pessoais não hesitaram em se desonrar para a
posteridade.
Não devemos permitir que nos chutem para fora do euro. Devemos
combater para que, feito o mal, escancarada a miséria, não nos enxotem como se
tivéssemos peçonha. NÃO! A nossa saída deve ser compensada com o que nos foi
impedido de ter realizado. Temos de exigir, ao sair, contrapartidas do que nos
foi roubado desde a adesão; nas pescas, na agricultura, na indústria pesada e
ligeira, no Património desbaratado para encher os cofres da javardice
monetarista internacional, no desmantelamento brutal e sistemático de sectores
fundamentais da nossa vivência colectiva, como seja o Serviço Nacional de Saúde
(SNS), menina dos olhos, saída da Revolução e dos ideais de Abril,
continuadamente apunhalada por toda a seita de facínoras que o têm dirigido.
SIM! Devemos abandonar a moeda única. SIM! Devemos exigir
indemnizações pelo roubo monstruoso arquitectado contra o nosso país. SIM!
Devemos responsabilizar os políticos nacionais que nos colocaram nesta situação
humilhante, nesta degradação quase paranóica de subdesenvolvimento para
usufruírem de regalias egoístas inimagináveis das suas vidas pessoais.
Sair do Euro e uma boa onda de nacionalizações, sobretudo, de sectores estratégicos e fundamentais ao desenvolvimento e crescimento de qualquer Estado soberano e independente!
ResponderEliminarGostei do que li camarada ;)
Abraço!