quarta-feira, 24 de abril de 2013

SAIR DO EURO – UMA EXIGÊNCIA NACIONAL



 A saída de Portugal da moeda única, começa a ser um imperativo nacional, uma necessidade vital face ao nosso desenvolvimento económico. Tem sido e assim continuará a ser, um factor de empobrecimento do nosso povo. Uma situação de amordaçamento colectivo e de total paralisia face à carência impressionante de produzir, produzir, produzir.

É bom que se tenha a noção exacta que Portugal jamais aumentará a sua riqueza e a consequente melhoria de vida dos seus cidadãos, enquanto este estado de coisas se mantiver. Há ordens do capital estrangeiro aos seus homens de mão em Portugal, o P”S”, o PSD e o CDS, para impor ao povo estas medidas de acrescida miséria.

Aos que pensam e afirmam, aqui e ali, que é preciso cuidado com esta abordagem, devemos responder que a situação caótica que a sociedade portuguesa vive é, apenas, derivada das exigências coloniais impostas aos governos periclitantes da traição nacional. Portugal está a caminho de uma era de trevas que até já teve um calhordas ministro (Economia) a anunciar o regresso a 50 anos atrás.

Mesmo dentro do meu Partido, o PCP, há camaradas que se questionam sobre a oportunidade desta discussão entre nós e que, adiantam, este problema ainda não está em cima da mesa. É preciso explicar-lhes que não é assim. É preciso explicar-lhes que são vários, já, os dirigentes do Partido que falam desta questão central para a nossa libertação orgulhosa enquanto país soberano. É preciso explicar-lhes que há alternativas ao logro da moeda única e quais são.

Esta armadilha estrangeira de aprisionamento colectivo teve o seu “capitão da finança” na mão traidora de Mário Soares, como todos nos recordamos do espectáculo a que assistimos, basbaques e inconscientes (o povo enganado) naquela sumptuosidade sabuja de entregar as nossas riquezas nas mãos do estrangeiro invasor, levada cabo na magnificência dos Jerónimos. Ironia levada às raias da demência colaboracionista pela escolha do local mais emblemático da nossa grandeza como país liderante de um processo político grandioso, em contrapartida com a rendição destes governantes que para satisfazer as suas fortunas pessoais não hesitaram em se desonrar para a posteridade.

Não devemos permitir que nos chutem para fora do euro. Devemos combater para que, feito o mal, escancarada a miséria, não nos enxotem como se tivéssemos peçonha. NÃO! A nossa saída deve ser compensada com o que nos foi impedido de ter realizado. Temos de exigir, ao sair, contrapartidas do que nos foi roubado desde a adesão; nas pescas, na agricultura, na indústria pesada e ligeira, no Património desbaratado para encher os cofres da javardice monetarista internacional, no desmantelamento brutal e sistemático de sectores fundamentais da nossa vivência colectiva, como seja o Serviço Nacional de Saúde (SNS), menina dos olhos, saída da Revolução e dos ideais de Abril, continuadamente apunhalada por toda a seita de facínoras que o têm dirigido.

SIM! Devemos abandonar a moeda única. SIM! Devemos exigir indemnizações pelo roubo monstruoso arquitectado contra o nosso país. SIM! Devemos responsabilizar os políticos nacionais que nos colocaram nesta situação humilhante, nesta degradação quase paranóica de subdesenvolvimento para usufruírem de regalias egoístas inimagináveis das suas vidas pessoais.



1 comentário:

  1. Sair do Euro e uma boa onda de nacionalizações, sobretudo, de sectores estratégicos e fundamentais ao desenvolvimento e crescimento de qualquer Estado soberano e independente!

    Gostei do que li camarada ;)

    Abraço!

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