quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
domingo, 10 de novembro de 2013
AO CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE ÁLVARO CUNHAL...
Faltar-me-ão sempre as palavras que descrevam verdadeiramente como me sinto em relação à magnitude da vida, obra e luta de Álvaro Cunhal!
Nunca conseguirei expressar em verso o fascínio e admiração que a sua entrega à causa do Povo Trabalhador, em Portugal e no Mundo, exercem sobre mim!
Não tenho ídolos, nunca tive, nunca os terei...mas quando procuro no meu íntimo ser melhor, ser mais justo, aperfeiçoar-me, penso Álvaro Cunhal...penso no seu exemplo!
Porque Álvaro Cunhal, filho adotpivo do Proletariado e meu Camarada, foi o melhor exemplo humano da luta pela Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Justiça e Democracia!
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
sábado, 12 de outubro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
domingo, 15 de setembro de 2013
sábado, 14 de setembro de 2013
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Reportagens | Festa do Avante 2013
Sexta-Feira, 6 de Setembro > http://www.youtube.com/watch?v=b0RXWZEw-6Q
Sábado, 7 de Setembro > http://www.youtube.com/watch?v=H8siG1Ft8-c
Domingo, 8 de Setembro > http://www.youtube.com/watch?v=NthSxdK5aec
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Poesia | Giovania Ferreira - Lutar Quando é Fácil Ceder
Lutar para não compactuar com a violência
para não perder os
princípios éticos
Lutar quando é tão fácil ceder diante do comodismo e calar
sob autoritarismo
Lutar mesmo quando a opressão é silenciosa e a ideologia
enganosa
Lutar quando o herói se torna vilão
a injustiça normal e
impropério banal
Lutar para não ceder tão fácil,
para não sucumbir ao ágio
de doce e falsa ilusão.
Lutar porque é preciso viver
viver porque é preciso lutar.
Giovania Ferreira
quarta-feira, 31 de julho de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
Música de Intervenção | Sílvio Rodriguez - Playa Girón
Compañeros poetas tomando en cuenta los últimos sucesos en
la poesía
quisiera preguntar
me urge
que tipo de adjetivos
se deben usar para hacer
el poema de un barco
sin que se haga sentimental
fuera de la vanguardia o
evidente panfleto
si debo usar palabras,como
flota cubana de pesca
y playa girón
compañeros de música,
tomando en cuenta esas
politonales y audaces canciones
quisiera preguntar
me urge
que tipo de armonía
se debe usar para hacer
la canción de este barco
con hombres de poca niñez
hombres y solamente
hombres sobre cubierta
hombres negros y rojos
y azules los hombres
que pueblan, el playa girón
compañeros de historia
tomando en cuanta lo implacable
que debe ser la verdad
quisiera preguntar
me urge tanto
que debiera decir?
que fronteras debo respetar
si alguien roba comida
y después da la vida que hacer?
hasta donde debemos
practicar las verdades
hasta donde sabemos
que escriban pues la historia
su historia los hombres del
playa girón
que escriban pues la historia
su gistoria los hombres dl
playa girón
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Poesia | Mauro Iasi - Vandré
De todas as mortes que carrego,
marcadas em minha alma feito cicatrizes,
de todos os crimes da ditadura
um me dói de forma especial.
Não é a multidão de mortos
com seus corpos dilacerados.
Não são os ossos perdidos
que buscam por seus nomes.
Não é o tiro
o choque
o murro.
É o poema que não foi feito,
a música inacabada,
aquela melodia presa na mente
soterrada pelo medo.
Os dedos inúteis longe das cordas,
o acorde que nunca foi desperto,
os olhos secos das lágrimas justas,
a voz calada.
Que requinte mas perverso de crueldade:
matar alguém e deixar seu corpo vivo
como testemunha da morte inacabada.
Mauro Iasi
quinta-feira, 18 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Música de Intervenção | Sílvio Rodriguez - Hasta Siempre Comandante Che Guevara
Aprendimos a quererte
Desde la histórica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu mano gloriosa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo santa clara
Se despierta para verte.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Tu amor revolucionario
Te conduce a nueva empresa
Donde esperan la firmeza
De tu brazo libertario.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Fidel te decimos:
Hasta siempre comandante.
Aquí se queda la clara,
La entrañable transparencia,
De tu querida presencia
Comandante Che Guevara.
domingo, 14 de julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
Poesia | José Carlos Ary dos Santos - O Futuro
Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente
Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente
Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
José Carlos Ary dos Santos
sexta-feira, 12 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Música de Intervenção | Sérgio Godinho - O Que Há-de Ser de Nós?
Já viajámos de ilhas em ilhas
já mordemos fruta ao relento
repartindo esperanças e mágoas
por tudo o que é vento
Já ansiámos corpos ausentes
como um rio anseia p´la foz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?
Que há-de ser do mais longo beijo
que nos fez trocar de morada
dissipar-se-á como tudo em nada?
Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós
Já avivámos brasas molhadas
no caudal da lágrima vã
e flutuando, a lua nos trouxe
à luz da manhã
Reencontrámos lágrimas e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós
Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu, peito alvoroçado
devolver-se-á: «endereço errado?»
Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós
Já enchemos praças e ruas
já invocámos dias mais justos
e as estátuas foram de carne
e de vidro os bustos
Já cantámos tantos presságios
pondo o fogo e a chuva na voz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?
Que há-de ser da longa batalha
que nos fez partir à aventura?
que será, que foi
quanto é, quanto dura?
Que há-de ser, só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que há-de ser de nós
sexta-feira, 5 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Poesia | José Saramago - Poema à Boca Fechada
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
José Saramago
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Música de Intervenção | Sérgio Godinho - O Primeiro Dia
A princípio é simples, anda-se sozinho,
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
E é então que amigos nos oferecem leito,
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se e come-se se alguém nos diz bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Depois vêm cansaços e o corpo frequeja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso por curto que seja,
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
E enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Entretanto o tempo fez cinza da brasa
outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa,
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
terça-feira, 2 de julho de 2013
Poesia | Armindo Rodrigues - Juro Nunca Me Render
Pela minha terra clara
e o povo que nela habita
e fala a língua que eu falo,
juro nunca me render.
Pelo menino que fui
e o sossego que desejo
para o velho que serei,
juro nunca me render.
Pelas árvores fecundas
que nos dão frutos gostosos
e as aves que nelas cantam,
juro nunca me render.
Pelo céu que não tem margens
e as suas nuvens boiando
sem remorso nem receio,
juro nunca me render.
Pelas montanhas e rios
e mares que os rios buscam,
com o seu murmúrio fundo,
juro nunca me render.
Pelo sol e pela chuva
e pelo vento disperso
e pela plácida lua,
juro nunca me render.
Pelas flores delicadas
e as borboletas irmãs
que nos livros espalmei,
juro nunca me render.
Pelo riso que me alegra,
com a sua nitidez
de guizos e de alvorada,
juro nunca me render.
Pela verdade que afirmo,
dos que a verdade demandam
até à contradição,
juro nunca me render.
Pela exaltação que estua
nos protestos que não escondo
e a justiça que os provoca,
juro nunca me render.
Pelas lágrimas dos pobres
e o pão escasso que comem
e o vinho rude que bebem,
juro nunca me render.
Pelas prisões em que estive
e os gritos que lá esmaguei
contra as mãos enclavinhadas,
juro nunca me render.
Pelos meus pais e meus avós
e os avós dos avós deles,
com o seu suor antigo,
juro nunca me render.
Pelas balas que vararam
tantos peitos de homens justos,
por amarem muito a vida,
juro nunca me render.
Pelas esperanças que tenho,
pelas certezas que traço,
pelos caminhos que piso,
juro nunca me render.
Pelos amigos queridos
e os companheiros de ideias,
que são amigos também,
juro nunca me render.
Pela mulher a quem amo,
pelo amor que me tem,
pela filha que é dos dois,
juro nunca me render.
E até pelos inimigos,
que odeiam a liberdade,
e por isso não são livres,
juro nunca me render.
Armindo Rodrigues
sábado, 29 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Música de Intervenção | Sérgio Godinho - O Grande Capital
Pois é, o grande capital
É o tal do gostinho especial
Gosto a limão
Gosto a cereja
Gosto a opressão
Numa bandeja.
Gosto a opressão
Numa bendeja.
O grande capital
Está vivo em Portugal
E quem não o combate
É que dele faz parte
O grande capital é fino
Ou pisa a terra ou faz o pino
Ou mostra o dente
Ou é discreto
Uma pla frente
Outra plo recto
Uma pla frente
Outra plo recto.
O grande capital
Está vivo em Portugal
E quem não o combate
É que dele faz parte.
Dizem que o ódio é baboseira
E que a raiva é má conselheira
Mas nós com o grande capital
Damo-nos mesmo muito mal
Damo-nos mesmo muito mal.
O grande capital
Está vivo em Portugal
E quem não o combate
É que dele faz parte.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Poesia | Ernesto "Che" Guevara - Contra o Vento e as Marés
Este poema (contra o vento e as marés) levará minha
assinatura.
Deixo-lhes seis sílabas sonoras,
um olhar que sempre traz (como um passarinho ferido)
ternura,
Um anseio de profundas águas mornas,
um gabinete escuro em que a única luz são esses versos meus,
um dedal muito usado para suas noites de enfado,
um retrato de nossos filhos.
A mais linda bala desta pistola que sempre me acompanha,
a memória indelével (sempre latente e profunda) das crianças
que, um dia, você e eu concebemos,
e o pedaço de vida que resta em mim.
Isso eu dou (convicto e feliz) à revolução
Nada que nos pode unir terá força maior.
Ernesto "Che" Guevara
terça-feira, 25 de junho de 2013
Música de Intervenção | Sérgio Godinho - Liberdade
Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Poesia | Mauro Iasi - Trabalho Morto
Cérebros, nervos, musculos...
meu corpo explode em coisas que não sou eu
Os seres humanos fazem coisas maravilhosas
que o trasformaram em coisas terríveis.
M-D-M
Disse-Me-Deus
D-M-D
E Deus não mais existe
O Diabo expulso do céu...resiste.
D-M-D'
E as coisas caminham com seus pés
suas almas cheiram sangue
Quando se vendem em cada esquina.
Saíram de mim por cada poro
fugiram de mim pelo cansaço
romperam meu corpo de carne
fluido de óleo...pele de aço.
Ganham vida roubando a minha.
assumem porque abdico
falam porque calo
fetichizam porque reifico.
Sou eu que me olho coisa
já fui ela, mas me esqueço
É a vida que olho no corpo da coisa,
mas, morto...não me reconheço.
Mauro Iasi
domingo, 23 de junho de 2013
Música de Intervenção | Sérgio Godinho - Com um Brilhozinho nos Olhos
Com um brilhozinho nos olhos
E a saia rodada
Escancaraste a porta do bar
Trazias o cabelo aos ombros
Passeando de cá para lá
Como as ondas do mar
Conheço tão bem esses olhos
E nunca me enganam
O que é que aconteceu diz lá
É que hoje fiz um amigo
E coisa mais preciosa no mundo não há
É que hoje fiz um amigo
E coisa mais preciosa no mundo não há
Com um brilhozinho nos olhos
Metemos o carro
Muito à frente muito à frente dos bois
Ou seja fizemos promessas
Trocámos retratos
Traçámos projectos a dois
Trocámos de roupa trocámos de corpo
Trocámos de beijos tão bom é tão bom
E com um brilhozinho nos olhos
Tocámos guitarras
Pelo menos a julgar pelo som
E com um brilhozinho nos olhos
Tocámos guitarras
Pelo menos a julgar pelo som
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Passa aí mais um bocadinho
Que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Portanto
Hoje soube-me a pouco
Com um brilhozinho nos olhos
Corremos os estores
Pusemos a rádio no on
Acendemos a já costumeira
Velinha de igreja
Pusemos no off o telefone
E olha não dá para contar
Mas sei que tu sabes
Daquilo que sabes que eu sei
E com um brilhozinho nos olhos
Ficámos parados
Depois do que não te contei
E com um brilhozinho nos olhos
Ficámos parados
Depois do que não te contei
Com um brilhozinho nos olhos
Dissemos sei lá
Tudo o que nos passou pela tola
Do estilo: és o number one
Dou-te vinte valores
És um treze no totobola
E às duas por três
Bebemos um copo
Fizemos o quatro e pintámos o sete
E com um brilhozinho nos olhos
Ficámos imoveis
A dar uma de tête a tête
E com um brilhozinho nos olhos
Ficámos imoveis
A dar uma de tête a tête
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Passa aí mais um bocadinho
Que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Portanto
Hoje soube-me a pouco
E com um brilhozinho nos olhos
Tentámos saber
Para lá do que muito se amou
Quem eramos nós
Quem queriamos ser
E quais as esperanças
Que a vida roubou
E olhei-o de longe
E mirei-o de perto
Que quem não vê caras
Não vê corações
E com um brilhozinho nos olhos
Guardei um amigo
Que é coisa que vale milhões
E com um brilhozinho nos olhos
Guardei um amigo
Que é coisa que vale milhões
E o que é que foi que ele disse?
E o que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Hoje soube-me a pouco
Passa aí mais um bocadinho
Que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Hoje soube-me a tanto
Portanto
Hoje soube-me a pouco
sábado, 22 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Poesia | Mauro Iasi - Quando os Trabalhadores Perderem a Paciência
As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência
A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juizes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências
Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obscelescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
“declaro vaga a presidência”!
Mauro Iasi
Subscrever:
Mensagens (Atom)